sexta-feira, 26 de maio de 2017

A história de como o amor foi enterrado

Numa casa branca e grande morava uma menina de 14 anos, que se chamava Célia. Ela tinha pais que a amavam.

Numa noite de chuva com relâmpagos e trovões, Célia viu seus pais brigando. Muitos gritos.. E, de repente... Um silêncio aterrorizante. Os gritos da mãe de Célia nunca mais foram ouvidos.

Um dia, uma mulher de poucas palavras e um olhar de medo substituiu a mãe da garota e toda a sua família ficou diferente. Seu pai nunca mais deu atenção a ela. A madrastra gritava com Célia.

A menina via o pai e a madrastra trocando carinhos o tempo todo. Assim, sua vida começou a virar um inferno.

Numa noite escura como um buraco negro, Célia pegou um ferro muito quente e marcou sua testa. Ela tinha feito uma marca macabra de um coração no qual havia um rosto horrendo. Seus olhos ficaram com cor de sangue. E com a marca ela havia se transformado na assassina do amor.

Sua primeira maldade foi pôr fogo na casa onde estavam seu pai e sua madrastra. Depois disso, ela saia matando todos os casais que desobedeciam as regras do amor: não abandonar quem te ama, só trocar carinhos com seu amor verdadeiro e nunca brigar com seu verdadeiro amor.

Suas vítimas eram todas guardadas em uma casa velha. Na porta, havia um símbolo igual ao de sua testa. Todos pensavam que os casais desaparecidos estavam em lua de mel. Mas, na verdade, estavam no inferno. E foi assim que o amor foi enterrado.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

A antiga fita amaldiçoada


Chovia tanto naquela noite, que ninguém tinha coragem de sair de sua casa. O vento forte fazia os galhos das árvores baterem com força nas janelas. E assobiava como uma coruja assustada. As famílias estavam todas reunidas para se aquecerem e se confortarem. Menos a de Laura. Seus pais, muito ricos, haviam viajado a Paris e deixaram a filha sozinha em uma casa de oito quartos. Sua única companhia era seu gato branco chamado Nuvem.

Os assobios e trovões faziam seu coração acelerar. Para se acalmar, Laura decidiu procurar, no sótão, suas antigas fitas de vídeo da Disney, que gostava de ver quando era pequena.

Com a ajuda de uma vela, ela encontrou uma caixa cheia de fitas. Logo embaixo dessa caixa, havia outra menor, também toda empoeirada. Nela, estava escrito "Abra se quiser sofrer". A menina ficou assustada, mas também muito intrigada. "O será que tem aqui dentro? Deve ser alguma piada", pensou.

Então, ela abriu e encontrou uma fita com o título Suicide-Mickey. Na capa, não havia figura nenhuma. Apenas um aviso: "se assistir, ele te amaldiçoará". 

Mas a curiosidade era mais forte que o medo. E Laura na mesma hora colocou a fita no aparelho, que estava na sala de TV, onde vivia deitada com seu gatinho.

O filme começou com uma figura preta e branca andando pela cidade ao som de uma misteriosa música de piano. Era um personagem familiar: o Mickey. No entanto, havia algo muito estranho com ele. Sua expressão era de tristeza e preocupação. 

De repente o som do piano se transformou num terrível chiado. Laura tapou os ouvidos, mas não conseguia tirar os olhos daquele filme, em que nada acontecia. Parecia estar hipnotizada. Parecia, não! Estava mesmo.

Os chiados logo se transformaram em choros, mas a imagem era sempre a mesma. Então, os choros se transformaram em gritos de tortura. À medida que os gritos ficavam mais altos, a figura do Mickey ficava borrada. Até que, no filme, uma voz muito grossa disse: "Você foi avisada". E o personagem olhou-a nos olhos.
A menina sentiu uma sensação diferente. Não era mais medo. Era algo que ela nunca havia sentido e não conseguia explicar. Então, foi até o banheiro, olhou-se no espelho e descobriu que ela não era mais a Laura. Havia se transformado na versão borrada do temível Mickey Mau.

Ela sentiu uma vontade incontrolável de matar alguém. Uma voz misteriosa sussurrava em seus ouvidos: "mate o gato! Mate o gato".

A chuva havia parado e o silêncio da cidade foi quebrado por um terrível grito felino.

Uma noite entre as estrelas

  Numa noite e estrelada na floresta, uma jovem mulher observava as estrelas com um telescópio, mas mal sabia que uma criatura de olhos verm...