quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

The poison gang


Numa manhã de muito trabalho, ocorreu a Henry – o desenhista das animações do famoso estúdio de Joey Drew – que havia poucos vilões entre seus personagens. Durante muito tempo, tentou vários tipos de desenhos, mas nenhum  lhe agradava. Até que um dia, se deparou com desenhos feitos por sua filha Bianca, de sete anos. Pensou na possibilidade de transformar um daqueles desenhos no personagem que tanto procurava. Era uma serpente, uma centopeia venenosa e um escorpião.

Foi assim que surgiu The Poison Gang - a gangue do veneno. É formada por Rattle, uma cobra macho perigosa que adora fazer planos diabólicos, mas que geralmente dão errado, pois ele é tremendamente azarada; Rock, uma centopeia macho grosseira e insensível, que adora atormentar crianças, assustando-as, roubando doces e até picando aquelas que não têm medo dela; e Larry, um ágil escorpião, muito mentiroso e algumas vezes medroso. O trio era inimigo mortal da gangue The Butcher Gang, formada pelos três maléficos açougueiros.

Depois de um certo tempo fazendo sucesso entre os adolescentes, o trio despertou o ciúme e a fúria do pequeno demônio de tinta, o Bendy. Para agravar a situação, Bendy tinha um fã descontrolado, que se chamava Sammy Lawrence, o compositor e autor da música da animação. Para ajudar a acalmar o seu ídolo, o músico resolveu tocar banjo para ele, executando uma composição tranquila e apaziguadora. Bendy, muito irritado, não gostou nada da atitude de seu fã e num impulso terrível, atacou Sammy, que ficou todo arranhado e coberto de uma tinta que jamais pode ser retirada.

Certo de que essa atitude de Bendy havia sido provocada pela gangue do veneno, o músico agora também havia ficado enfurecido e determinado a juntar forças com seu ídolo e acabar com as criaturas venenosas. Numa noite de gravações, quando todos os personagens estavam reunidos no camarim do estúdio de Joey Drew, Sammy avistou Rattle, a cobra, sozinha no corredor. Não pensou duas vezes antes de saltar em sua direção e arrancar a pele que cobria sua boca. A serpente ficou ainda mais assustadora com seus dentes à mostra. 

Ao ouvir um grunhido, Rock veio correndo para ver o que acontecia. Mas Sammy, mais rápido que ele, movido pela raiva, arrancou a sua antena. Então foi a vez de Larry quando tentou defender seus amigos teve sua calda arrancada pelo músico. Mas nenhum dos membros da gangue perdeu seu poder de envenenar todas as criaturas que lhe despertavam ódio. Será que Sammy conseguiria se livrar da vingança dos peçonhentos? 

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

A criança do capuz azul

Em um bairro afastado de uma pequena cidade do interior havia uma velha casinha de madeira, aparentemente abandonada. Mas algumas pessoas já disseram ter visto uma criança que de vez em quando aparecia ali na porta. Segundo relatos, essa criança estava sempre com a cabeça coberta por um capuz azul. Alguns acreditavam que era um menino. Outros tinham a impressão de ter visto uma menina.


Alguns moradores do bairro disseram que já tentaram levar comida e roupas àquela criança. Mas sempre que se aproximavam, ela desaparecia para dentro da casa e batia a porta com força. Outro
s relataram que jamais teriam coragem de chegar perto daquele casebre, pois juravam que já ouviram gritos vindos de lá. Aos poucos, toda a vizinhança conhecia diferentes histórias envolvendo a casa e a criança. Uns tinham medo, outros tinham pena. Alguns garantiam que ela não era deste mundo e que deveria ter ligação com o mundo das trevas, pois haviam a visto carregando uma pá em direção ao cemitério de madrugada.

Sem conhecer as lendas que contavam a respeito da criança do capuz azul, um menininho que havia acabado de se mudar com a família para aquele bairro, resolveu levar seu carrinho verde para brincar no terreno da casa velha. Foi então que viu aparecer na janela alguém que parecia ter a sua idade. Ele chamou: “Olá! Sou novo nessa região. Quem é você?”. E assim que terminou a pergunta, a cortina se fechou. “Ele deve ser tímido”, pensou o garoto. E insistiu, gritando alto perto da janela: “Ei, você? Quer brincar comigo? Você é garoto? Não te vi direito...”.

Como não teve resposta, o menino resolveu abrir a porta da casa. O rangido o assustou, mas ele estava curioso demais para desistir de examinar o lugar. Na parte de baixo, não havia nada além de entulhos e coisas quebradas. Parecia que a casa já havia pegado fogo e aquilo foi o que tinha sobrado. “Oi! Você se escondeu de mim?”, perguntou em voz alta. Mas não veio respostas. Então ele decidiu, com um pouco de medo, subir as escadas. Ia bem devagar, mas o barulho da madeira velha era inevitável.

Quando chegou no andar de cima, aquilo que parecia ser o quarto da criança, era o espaço mais aterrorizante que ele já havia visto de perto. Na parede, acima da cama, uma frase reveladora, escrita em vermelho: “eu sou feito da escuridão”. O menino não entendeu o que aquilo significava, mas sabia que não era uma brincadeira divertida. Com o rosto pálido e olhos arregalados, saiu correndo o mais depressa que conseguia.


Bem na hora em que ia passar pela porta, viu a criança, impedindo sua passagem. Agora estava sem o capuz. Ao ver sua face, o garotinho deu um grito. Uma semana depois, quando a família estava desistindo de procurá-lo,  um carrinho verde foi encontrado perto do cemitério, rodeado de moscas.

Uma noite entre as estrelas

  Numa noite e estrelada na floresta, uma jovem mulher observava as estrelas com um telescópio, mas mal sabia que uma criatura de olhos verm...