quarta-feira, 23 de maio de 2018

O controlador do universo

Numa cidade grande, Lucas estava indo à escola com seu irmão caçula. No caminho, viram uma loja de magia que os deixou muito curiosos. Afinal, faziam aquele trajeto diariamente e nunca tinham visto aquela casa. Ela havia aparecido como num passe de mágica, assim como diz o seu nome.

Julio, o mais novo, correu para dentro do lugar, mas Lucas o chamou de volta, dizendo: - Não podemos nos atrasar novamente. Na volta eu prometo que iremos entrar na loja.

O irmão parecia nem escutar. Continuou explorando a loja, olhando para todas as direções, que sem piscar, de tão fascinado que estava. - Ola meus meninos!, disse uma voz que vinha dos fundos da loja, onde estava mal iluminado. - Vocês desejam uma vida mais mágica? -, continuou o homem, vindo na direção das crianças, que agora podiam ver seu rosto, com um estranho bigode, longo e curvado. 
O irmão mais novo disse: - Sim, queremos sim! Queremos muitas coisas!

E o homem, sorrindo e enrolando a ponta do bigode, respondeu: - Vocês são meus primeiros clientes. Por conta disso, vou lhes dar um presente. Então, dirigiu-se a uma prateleira e pegou uma caixa empoeirada e misteriosa, onde havia um desenho de um olho. 
– Abram a caixa em casa e leiam as instruções com muito cuidado. Não quero nenhuma confusão.

Correram até a casa deles, e imediatamente abriram a delicada fechadura dourada. Dentro da misteriosa caixa de madeira havia uma mola com um olho de plástico. Decepcionados com os objetos, que aparentemente não tinham nada de mágicos, eles fecharam a tampa. Nisso, ela logo se abriu novamente.

- Pare de abrir essa caixa, não há nada de importante nela. Aquele homem quis nos iludir - disse o irmão mais velho.
- Mas eu não abri, juro! - disse o irmão caçula.

Nisso, os dois se olharam, intrigados. Foi então que, antes que percebessem o que estava acontecendo, viram algo pular sobre suas cabeças. Era a mola, que parecia incontrolável, saltando de um lugar para o outro da casa.

- Pare com isso! - gritou Lucas à bola, que imediatamente parou de pular.
Os dois novamente se olharam, sem entender direito o que estava acontecendo. 
- Agora volte para a caixa! - ordenou o irmão mais novo, só para testar. E a mola voltou para a caixa. Agora eles entenderam que poderiam controlar o objeto. O que eles não sabiam ainda, era do poder que aquilo tinha sobre o mundo.

Acreditando que o conteúdo da caixa era inútil ou então uma espécie de bruxaria, eles resolveram retornar à loja para devolvê-lo. Mas, ao chegar no local, ficaram surpresos: a loja havia desaparecido. - Eu gostaria que fosse de manhã, pois assim poderíamos enxergar melhor e quem sabe acharíamos a loja.

Assim que disse essas palavras, a noite começou a dar lugar à claridade. Sem entender o que havia acontecido, os irmãos desconfiaram que a mudança estava relacionada com a loja de magias. Então Julio arriscou: - bem que poderia ser amanhã, pois é dia de pizza na escola. 

E quando chegaram em casa, viram a data do jornal que estava na porta: já era dia seguinte. Ainda sem ter entendido exatamente o que acontecia, eles perceberam que estavam com um poder muito peculiar: de controlar o tempo. Seria provocado pelo objeto que estava em suas mãos?

Desconfiados, os dois se olharam, e como se fosse combinado, falaram ao mesmo tempo: - queremos ir para a era dos dinossauros! E no minuto seguinte, ouviram um enorme e ensurdecedor rugido.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Uma noite entre as estrelas

  Numa noite e estrelada na floresta, uma jovem mulher observava as estrelas com um telescópio, mas mal sabia que uma criatura de olhos verm...