sábado, 16 de junho de 2018

O controlador do universo - parte 2


O rugido era ensurdecedor. Eles nuca haviam corrido com tanta velocidade. Não tiveram nem tempo de observar que espécie de dinossauro os perseguia. Só escutavam aqueles passos que causavam tremores semelhantes a terremotos e corriam desesperadamente. “Por aqui”, gritou Lucas, apontando para uma gruta bem menor que o dinossauro. Ali eles estavam protegidos da fera por um tempo. “Que ideia idiota que tivemos. Nenhum humano sobreviveria nesta época”. Quando viram que não iriam escapar da fera, logo pediram ao controlador que os tirassem correndo daquela época e os levassem ao futuro.

Por um instante, ficou escuro e silencioso. Logo, começaram a ouvir barulhos estranhos. Pareciam vozes de robôs. Olharam para o céu e viram naves de todas as formas e tamanhos. “Eu acho que ele não entendeu nossa intenção de voltar para o nosso tempo. Quando dissemos futuro, ele achou que fosse no futuro com relação ao nosso tempo”, constatou Julio. “Ai, que confusão”, disse Lucas, admirando o cenário a sua volta, que mais parecia um filme de ficção científica.


As pessoas pareciam mais felizes, com menos problemas. A cidade onde eles estavam não parecia muito poluída. Era mais silenciosa que as cidades do passado, pois as naves não faziam barulho de motor. No lugar das ruas antigamente asfaltadas, havia calçadas e praças. Mas, quando olharam de perto, perceberam que havia algo diferente com as árvores e plantas. Estava anoitecendo e elas todas se iluminaram. “Meu Deus! Todas essas árvores são artificiais. Olha! Até os pássaros não são de verdade”, constatou Lucas.


E aquelas pessoas, que pareciam muito felizes, na verdade, era robôs idênticos aos humanos. Até que viram uma pessoa triste. Chegaram bem pertinho dela para se certificarem de que era mesmo um humano. Ele falava em um aparelho anexo em seu pulso. Ali aparecia a foto do outro humano com quem ele conversava. “Quanto tempo eu não vejo um humano de verdade. Estou me sentido muito sozinho. Só vejo as caras das pessoas nas telas. Sou cercado por robôs sem sentimentos de verdade”, choramingava o homem. Suas roupas eram futurísticas e sua nave especial parecia algo muito sofisticado para que as crianças conseguisse descreve-las. Devia ser feita de um material que na época dos meninos ainda não existia.


“Nossa, não estou gostando muito desse lugar”, reclamou Julio. “Não tem ninguém para conversar. Onde estão as crianças dessa época? Vamos para um futuro ainda mais distante?”, sugeriu. E o controlador do tempo, ouvindo a sugestão, os mandou para longe no tempo.
Eles não tinham certeza de que ano era aquele. Mas sabiam que algo não estava certo. Olharam em volta e tudo o que viram era vazio. Nada. Nem plantas, nem animais. E nem pessoas. “Onde viemos parar? Será que o controlador nos trouxe para outro planeta?”, indagou Julio. Mas não: era mesmo a Terra. A Terra que os humanos haviam conseguido destruir. “Precisamos voltar no tempo e impedir a destruição do nosso mundo!”, exclamou Lucas.

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